pastor dos pobres
com tuas sandálias de pó,
e o vento das ruas na alma.
as chagas esquecidas,
os nomes sussurrados pelo chão.
“A Igreja não é muro — é travessia.”
Foste ao encontro dos sem-teto,
dos sem-voz, e ali teu abraço virou altar
- a estrutura da igreja deve se renovar.
Quando disseste:
o céu rachou de esperança.
Chamaram-te fraco — foste rocha.
Erguiste tua voz contra o ódio,
o medo, as guerras surdas.
na lágrima dividida,
no pão partido,
no olhar que acolhe sem perguntas.
A morte não te apaga — te espalha.
No vento, nas vielas, nos corações
que ainda sangram por justiça.
Nos deixaste mais rebeldes,
mais ternos,
mais vivos.
Sawabona,
Salaam Alaikum,
Namastê,
Shalom,
Aloha,
Konnichiwa
e Axé