O mundo precisa descansar! Voltar os olhos para dentro de si, vasculhar a escuridão que cega os íntimos
dias do universo agitado e desordenado que é o inconsciente.
Por trás da cor de medo, haverá anjos e demônios que se digladiam e comem corpos putrificados de mágoas. Duas estrelas choram, observando os acontecimentos e suspirando mudanças.
Haverá uma criança jogada numa terra fria, que
bate de porta em porta para esquentar os sonhos não atendidos por genitores. A
criança se encolhe, e presencia nas diversas janelas, como seria o afago do
manto familiar.
Explode, nasce, expande, outra galáxia, e junto
dela, resquícios das indiferenças, daquela criança desprotegida e que cresce
com um desejo de um lar perfeito, harmoniosamente lindo e com pétalas de
humildade caídas no chão.
Enquanto sobe os degraus de um espaço agonizante da
sua escala evolutiva espiritual, resiste com bravura os motejos do quadrado, e
todos os lados do concreto escudo que se encontra, se refugia e também se
exclui.
O núcleo dessa matéria prima, gira em contradições, rejeições e também do aumento da solidão interna. Quanto mais foge dessa nebulosa confusa do passado, das gargalhadas por ser diferente, sente a solidão querendo laçar.
E é nessa hora, que a morte acorda e se afoga na luz esperança. E você, com um lenço na mão, deitada num divã.
Daniel André.