O absurdo
se encontra no labirinto dos sonhos,
onde o amor e o pecado se abraçam
num beco escondido,
numa etérea fecundação
exposta em telas
rabiscadas de desvario,
pois a poesia também se revela
num mundo sombrio.
incendeia a alma e a
carne,
em chamadas proibidas que o sagrado
em chamadas proibidas que o sagrado
não aprova e nem se desgarra.
e de encontros clandestinos,
o corpo é o próprio tributo
dessa ardência, desse suor,
que a efêmera urgência impulsiona
para o instituto chamado prazer.
o amor percorre livre
e o pecado, vil e sedutor,
a correr atrás desse cio de liberdade
nas sombras da noite
nas sombras da noite
onde segredos são
revelados.
Entorpecidos,
cansados e enlaçados
desabrocham-se num beijo de língua
sem saída,
sem opções.
Mas o amor, tão puro,
é o antídoto ao pecado,
acalma a alma,
dando paz, ao coração machucado
e como redenção,
nos conduz a um destino
onde a saída é um caminho
onde a saída é um caminho
lindo e cristalino.
Daniel André