Na primeira troca de olhar,
mergulhamos — sem aviso — no abissal.
Ali, no silêncio entre as íris,
reconhecemos os medos…
e as vontades ancestrais.
Nosso encontro?
Jamais seria engano.
Somos amantes que se vestem da noite,
com delírio escancarado na retina.
Com desvelo, aliso tuas curvas
e descubro, no toque,
a cartografia do desejo que ilumina.
A alma se nutre do que arde,
do desejo que pulsa, sem contenção.
Somos instinto e poesia,
movidos pela paixão —
e sim, pela ereção.
Se o sexo é vida que se comunica,
intimidade que queima e permanece,
então que a vontade de querer e ser querido
continue a florir,
mesmo quando o corpo adormece.
Daniel André
Na primeira troca de olhar,
mergulhamos — sem aviso — no abissal.
Ali, no silêncio entre as íris,
reconhecemos os medos…
e as vontades ancestrais.
Nosso encontro?
Jamais seria engano.
Somos amantes que se vestem da noite,
com delírio escancarado na retina.
Com desvelo, aliso tuas curvas
e descubro, no toque,
a cartografia do desejo que ilumina.
A alma se nutre do que arde,
do desejo que pulsa, sem contenção.
Somos instinto e poesia,
movidos pela paixão —
e sim, pela ereção.
Se o sexo é vida que se comunica,
intimidade que queima e permanece,
então que a vontade de querer e ser querido
continue a florir,
mesmo quando o corpo adormece.