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Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso. Insta: @danielrprj

25 de julho de 2023

Da Carência

 

No âmago da alma, um vazio ressoa —
ausência de amor, dor que não se cala.
O coração, sedento, se desmorona,
na falta de um toque que o embale e embala.

Ecoa a saudade num canto ferido,
clamor silencioso, quase oração.
O peito busca um gesto, um abrigo,
mas só encontra ecos… e solidão.

Anseia-se um olhar que seja sincero,
um afeto que chegue e se demore,
um amor que venha inteiro, mesmo incerto —
mas a ausência aperta… e não socorre.

Ó carência, cruel companheira da noite,
sugando a calma, abalando a razão,
lembras que a vida é breve, feito açoite —
e corta fundo… sem pedir permissão.

Mas ainda, lá dentro, uma chama respira.
Esperança, tênue, mas verdadeira:
que um dia venha alguém, feito brisa ou fogo,
e cure essa fome inteira —
com amor sincero,
e toque duradouro.

Daniel André

18 de julho de 2023

Resiliência



No fogo da dor,
me forjo.
Sou aço quente.
E me ergo.

Sou resiliência.
Sou recomeço.
Na curva difícil,
eu permaneço.

Como rocha no mar,
eu resisto.
Não fujo.
Não desisto.

Cada golpe
me ensina.
E sigo
com mais vida.

Na tempestade,
abro asas.
Voo alto.
Sem medo.

Resiliência é meu escudo.
Minha força.
Minha calma.
Minha luta.

Se cair,
levanto.
Se doer,
cresço.

Em cada queda,
há um passo.
Em cada dor,
um traço.

Com fé,
caminho.
Com esperança,
me alinho.

A dor vem,
mas não me consome.
Tenho fome de seguir.
Fome de mim.

A vida testa.
Mas não quebra.
Com resiliência,
nada me encerra.

Minhas cicatrizes
são provas.
De que vivi.
E resisti.

Sou mais forte.
Mais inteiro.
Resiliência —
meu primeiro nome.


Daniel André