A alma precisa ser blindada
pra vestir-se de super-herói.
Ficar imune à ingratidão,
às palavras que cortam,
a tudo que ainda dói.
Vulgo redentor que voa alto,
mas carrega chagas escondidas.
Até os deuses, em algum momento,
precisam de uma boa cama
e de um pouco de saída.
Heróis são feitos de coragem,
carregam a bondade no peito.
Na capa, um bordado discreto:
“aqui habita um homem direito.”
Liberdade, pra ele,
é amar sem escudo,
voar sem arrogância,
defender o bem —
mesmo no silêncio mudo.
Segue leve, mesmo pesado,
entre vilões, injustiças, espinhos.
E o mundo o chama de "bom moço",
sem saber que por dentro...
há um coração
lutando sozinho.