um déjà-vu de realeza me visita.
traz lembranças que nunca vivi
um trono de vento,
um nome gravado na névoa.
talvez eu tenha reinado
num tempo que só a alma lembra,
entre súditos de névoa
e bobos que aplaudiam o nada.
a coroa ainda pesa
na cabeça que sonha demais.
há perfume de sândalo
no exílio das minhas mãos.
acordo com pombos.
o reino desfez-se em poeira.
restou o gesto de quem já foi rei
e agora aprende a varrer o chão.
Daniel André - 26Fev2012

Simplesmente perfeito!
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