Quem sou eu

Minha foto
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso. Insta: @danielrprj

30 de outubro de 2025

Quem matou Odete Roitman ?




















Na sala, o povo suspira e devora,
mistério em tela, tensão no ar,
a trama ardente, a dúvida aflora,
Odete tombou, quem vai revelar?
 
corações presos, o tempo parou,
o Brasil inteiro ali se juntou,
entre a cerveja e o sofá da mamãe,
o passado sorri e o presente também.
 
as ruas vazias, o grito contido,
um “eu já sabia!” meio fingido,
e na reprise, o afeto renasce,
entre vilãs, memórias e classe.
 
saudade viva, cena certeira,
de rir, sofrer, na noite inteira,
pois toda alma, entre amor e trama,
quer descobrir: quem matou a dama?
 
Por Daniel André.

 



Tive que ressucitar essa postagem, pois umas duas semanas atrás, vivi uma cena digna de novela! Eu e minha maezinha, tranquilos no banco da praça, saboreando uma pamonha das boas, quando surge um repórter da EPTV me perguntando: “Quem matou Odete Roitman?”

O carioca noveleiro aqui quase engasgou de surpresa! Coincidência ou destino? Justo dias depois de eu postar uma poesia sobre o poder das novelas na nossa cultura, e como elas ditam moda, comportamento e até nossas conversas de praça.

A vida imita a arte... e às vezes, com gosto de pamonha. 

26 de outubro de 2025

O Louco

 

No sinal, vejo um homem na esquina,
torcendo-se diante do invisível.
Dizem louco
e ele encara o nada
como quem reencontra um velho amigo.

Anjos ou demônios
não sei.
Talvez veja Deus
com as mãos sujas de barro,
ou apenas o reflexo do que perdi:
o mundo antes de ser mundo,
ou depois que tudo nem vivi.

O farol muda,
eu sigo.
A dúvida dirige comigo,
e eu fujo
com medo de entender.


Por Daniel André

2 de outubro de 2025

Orações

 













No fechar dos olhos,
um sopro é prece,
a dor se dissolve.

Entre mãos erguidas,
não há fronteiras,
apenas desejo de luz.

Toda palavra sincera
é rio escondido
que encontra o mar.

Corações nus
rezam sem nome,
mas tocam o infinito.

Na chama da fé,
não importa qual,
o fogo aquece igual.

E a cura floresce,
leve, invisível,
como vento em paz.

 

Por Daniel Andre