Vesti o espelho do silêncio das minhas,
minha mãe em suspiro, minha avó em costura.
Cada renda, um segredo que caminha
no ventre do tempo, em alma pura.
O véu caiu como bênção e promessa,
coroa de vento, rito de flor.
Ali, fui semente e fui colheita,
no altar dos dias, desabrochei em cor.
Minhas mãos tremiam feito as delas,
no fio da espera, no nó do sim.
E ao andar, senti que todas me seguiam
mulheres em mim, vestidas de mim.
Não fui noiva, fui constelação contida,
uma lua inteira em gesto breve.
Pela primeira vez, fui minha vida,
tão de volta e num véu tão leve …
— Daniel André
Simplesmente divina tua poesia,Dan! A imagem acompanhou muito bem e todas noivas sentem essa emoção! abraços, lindo domingo, chica
ResponderExcluirOlá, amigo André!
ResponderExcluirUm poema de muito merecimento ao poeta.
Com uma significativa metáfora do céu.
"Não fui noiva, fui constelação contida".
Belissimo ser uma constelação ainda que contida.
O suspiro das mães tem um fundo emocional incrível que nos recordamos bem da infância.
Adoro rendas de bilros. São um trabalho artístico que sua avó teve a alegría de se dedicar.
Momento lindo tive aqui.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abrabos fraternos de paz
*abraços fraternos
ResponderExcluirDaniel, que beleza de poema!
ResponderExcluirA noiva, o véu feito por mãos quase divinas, essas mulheres que nos acompanham pra sempre e que nos encoraja a viver!
Quantas coisas podemos tirar dessa tua obra de arte!
Daniel, que beleza rara neste poema…
ResponderExcluirCada verso é uma herança bordada na alma, um ciclo feminino transbordando por gerações. A imagem da noiva que carrega tantas mulheres em si, sem deixar de ser inteira, é de uma força e delicadeza comoventes. Parabéns por esta constelação de poesia que veste memórias, gestos e identidade.
Com carinho,
Daniela Silva
🌿 https://alma-leveblog.blogspot.com
Convido-te a visitar o blog e continuar a celebrar o poder simbólico dos gestos e das palavras.
Belíssimo poema.
ResponderExcluirAbraço, boa semana
"Não fui noiva, fui constelação contida,
ResponderExcluiruma lua inteira em gesto breve."
Tão belo este poema, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo
Você está aqui:
ResponderExcluirhttps://flordocampo3.blogspot.com/2025/06/touceira-virtual.html
Uma vez por mês, cito alguns que leio com o tema flor.
Abençoada semana.
Teu poema nos faz querer ficar dentro dele! Sonhos, ternuras, dores e tanta, tanta leveza.
ResponderExcluirUm presente que você nos dá! Obrigada!
Parece que havia perdido o caminho, Daniel, voltei e me deparo com este bordado, essa a tessitura. A arquitetura deste poema subjuga a lua inteira e mais a constelação contida.
ResponderExcluirAdorei seu poema!
ResponderExcluirVocê é o cara!!
Belo!
Bjs
Lua Singular
Uau! Quantas memórias em teus versos Daniel!
ResponderExcluirAchei incrível! Parabéns!
Bela poesia!
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Muito boa esta poesia, meus parabéns.
ResponderExcluirArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Quando se compreende a anima, a visão se expande.
ResponderExcluirSPOILER ALERT! 😺
Nova tirinha publicada.
Abraços 🐾 Garfield Tirinhas.
Olá, amigo Daniel!
ResponderExcluirLindo poema, metáforas belíssimas.
Adorei os versos de celebração à vida:
"Ali, fui semente e fui colheita,
no altar dos dias, desabrochei em cor."
Bravo, Bravo!
Um abraço
Meu querido amigo Dan,
ResponderExcluirEu fico encantado de ler os teus poemas, as mensagens contidas nas entrelinhas, nas metáforas, nos sentimentos verdadeiros. Somos gratos as mulheres que passam pelas nossas vidas e nos ensinam tantas coisas, eu tenho o exemplo da minha mãe, de uma tia querida e por aí vai. Que as nossas emoções possam sempre desabrochar e se espalhar pelo mundo como pétalas de rosas. Você é genial meu amigo.
Um abraço!
Que poema lindo. 🥰
ResponderExcluirO poema narra, com sutileza e emoção, a experiência de uma mulher ao vestir o véu nupcial. Mais do que um momento individual, ela sente a presença e a força das mulheres que vieram antes — mãe, avó — em cada detalhe do rito. O véu torna-se símbolo de promessa e renovação, enquanto o eu lírico se percebe parte de uma linhagem feminina e, ao mesmo tempo, se reconhece plenamente como dona de si, livre e inteira. A noiva se transforma em constelação, lua, algo maior que o próprio rito: uma celebração de sua própria vida e essência.