Perdemos o caminho cedo,
num mapa rabiscado por mãos
que não eram nossas.
Nascemos com a bússola girando feito louca,
e um coração grande demais
pra caber nesse mundo que exige medidas exatas.
Vivemos tropeçando no peito.
Ele pesa. Ele pulsa fora do compasso.
Nosso passo é hesitante,
feito dança ensaiada sem música.
Queremos acertar,
mas pisamos torto
e às vezes esmagamos flores
achando que eram pedras.
Guardamos culpas em bolsos fundos.
Algumas são fósseis.
Outras, presentes de família.
Carregamos tudo como herança
não reclamada, e sofremos séculos em silêncio
aquele tipo de dor que se disfarça de “tá tudo bem”.
Somos confusos.
Exageradamente humanos.
Com excesso de sentir
e pouco talento pra traduzir.
Amamos errado,
choramos calados,
e sorrimos com a alma em curativo,
só pra ninguém notar que a esperança
anda costurada com linha fina e um fiapo de fé.
Mas veja, além da bagunça,
do caos, da desculpa engasgada.
Há um coração aqui. Inteiro no seu erro.
Fiel na sua falha. Ainda batendo por todos,
mesmo quando o mundo diz não.
Mesmo quando nós dizemos sim
e o resto se parte.
Sim, ainda batemos.
Mesmo feridos, ainda amamos.
Mesmo errando, ainda somos bons.
num mapa rabiscado por mãos
que não eram nossas.
Nascemos com a bússola girando feito louca,
e um coração grande demais
pra caber nesse mundo que exige medidas exatas.
Vivemos tropeçando no peito.
Ele pesa. Ele pulsa fora do compasso.
Nosso passo é hesitante,
feito dança ensaiada sem música.
Queremos acertar,
mas pisamos torto
e às vezes esmagamos flores
achando que eram pedras.
Algumas são fósseis.
Outras, presentes de família.
Carregamos tudo como herança
não reclamada, e sofremos séculos em silêncio
aquele tipo de dor que se disfarça de “tá tudo bem”.
Somos confusos.
Exageradamente humanos.
Com excesso de sentir
e pouco talento pra traduzir.
Amamos errado,
choramos calados,
e sorrimos com a alma em curativo,
só pra ninguém notar que a esperança
anda costurada com linha fina e um fiapo de fé.
do caos, da desculpa engasgada.
Há um coração aqui. Inteiro no seu erro.
Fiel na sua falha. Ainda batendo por todos,
mesmo quando o mundo diz não.
Mesmo quando nós dizemos sim
e o resto se parte.
Sim, ainda batemos.
Mesmo feridos, ainda amamos.
Mesmo errando, ainda somos bons.
— Daniel André
Ainda vivemos.
ResponderExcluirIntensamente, de preferência.
Abraço
Ainda que por vezes errando caminhos andando destrambelhadamente, ainda assim no fundo, somos bons! Linda tua poesia! Abraços chica
ResponderExcluirOlá Daniel,
ResponderExcluirUm texto que desarma com a sua honestidade. Daniel traduz com precisão o que muitos sentem, mas não conseguem dizer: a delicadeza de existir com todas as falhas expostas, tentando amar no meio da confusão. É humano até o osso e bonito demais por isso.
Abraço
Bom dia amigo, vim retribuir e agradecer sua visita aos meus cantinhos Filosofando na vida e o meu mais antigo, que tem meu nome. Amei os seus comentários que me incentivaram a seguir postando pois estava a um tempo afastada e voltava, mas a blogar mas vinha o desânimo. Obrigada mesmo! A vida é muito curta para não ser aproveitada, "Viver é desenhar sem borracha, cada capítulo." É isso que estou tentando fazer, sempre com fé em Deus seguir vivendo a cada instante. Temos que ser otimistas, mesmo quando tudo parece não valer a pena! Amei sua poesia! de uma profundidade que merece reflexão. Ainda que o mundo seja desonesto conosco temos que ser honestos em meio a toda essa confusão que é a vida nos dias atuais. Permita-me destacar essa estrofe dos seus lindos versos "Nascemos com a bússola girando feito louca,
ResponderExcluire um coração grande demais
pra caber nesse mundo que exige medidas exatas.
Vivemos tropeçando no peito.
Ele pesa. Ele pulsa fora do compasso". Verdade, as vezes nos parece termos um coração grande demais para tentos sentimentos. Parabéns! Volte sempre e se ainda não segue os meus cantinhos será bem vindo. Abraços.
Olá, Daniel, maravilhoso, em cada linha pensamos juntos, eu não entendo ainda como há tantos disparates! Sim, somos bons, pena aqueles que já nascem errados...
ResponderExcluirTeu poema emociona, amigo, lendo e pensando, por que não somos todos bons? Não há resposta, não encontro!
Te aplaudo sempre!
Abraços daqui do Sul pra você!
Boa tarde, Daniel
ResponderExcluirPoema reflexivo. "Guardamos culpas em bolsos fundos". Que o perdão seja uma escolha todos os dias, para que a liberdade possa fluir. Lembrei de Romanos 7:19 que diz: "Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço." O apóstolo Paulo reconhece que essa luta é real, mas que podemos vencer com a força de Jesus em nós que quebra todo mal, um forte abraço.
Boa tarde e um excelente quinta-feira meu querido amigo Dan. Não sou muito bom em palavras, como você. Obrigado pela visita e comentário.
ResponderExcluirOlá. querido Dan
ResponderExcluiras vezes a dor é tão profunda que perdemos o brilho.
Deixo pra você um tantinho do nada, daqueles que reluz como um brilhinho no céu, pequenino, mas gentil.
╰⊱🍃🌸⊱╮O caminho mais bonito é aquele que teu coração diz : - Segue!
Siga sem medo, siga acreditando, siga se buscando, plantando suas sementes, lá na frente tudo vai flores(ser). ⊱🍃🌸⊱╮
Feliz semana
Um poema para ler reler e pensar como somos e como poderíamos ser para finalmente dizer : "mesmo errando ainda somos bons"
ResponderExcluirGostei muito, Daniel, Meu abraço e admiração.
Olá, amigo Daniel!
ResponderExcluirEstou me recuperando de uma virose e vim lhe agradecer em mei nome e da minha parceira o belíssimo comentário que nos deixou lá no Entre Nós. Fez toda diferença.
Por aqui, uma limpeza de alma profunda.
Somos assim um misto de virtudes e vícios e somatizamos tudo sem noa darmos conta até...
Pisamos sim tortos e esmagamos muitas flores.
Em alguns momentos somos exageradamente humanos, outras, desumanos aos extremos.
Vir aqui é abastacer a aljava poética.
Tenha um final de semana abençoado!
Abraços fraternos de paz
Olá amigo Daniel
ResponderExcluirEste poema é um grito visceral e honesto sobre a condição humana, especialmente a daqueles que se sentem deslocados, incompreendidos ou em constante desajuste com as expectativas do mundo. É uma ode à vulnerabilidade, à imperfeição e, paradoxalmente, à resiliência que nasce dessa mesma bagunça.
Um poema belíssimo meu amigo
Um grande abraço
Belos versinhos. Gostei da composição que criou.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Olá, Daniel, lindo poema.
ResponderExcluirO que fazer? somos seres precários e contraditórios.
Ainda bem que somos do bem. Pelo menos alguns de nós. Que Deus nos ajude.
bjss, marli
Daniel, que leveza, que delicadeza de poesia...
ResponderExcluir"Mesmo feridos ainda amamos" que está se equivalendo ao meu atual estado de espírito onde em momentos difíceis familiares dizem coisas que tiram o nosso cerne, mas mesmo assim, prosseguimos com a ferida, cambaleante, dolorida...Melhor deixar passar o momento antes de expedir uma fala ainda pior...
Grata por trazer tanta beleza...
Boa semana!
Meu querido amigo Dan,
ResponderExcluirVocê consegue expor todas as fraquezas humanas, todas as nossas imperfeições, angústias, medos, todas as nossas tentativas de sermos felizes mesmo que amando errado e sofrendo calado. É muito difícil ser esse livro aberto para o mundo e mostrar a todos que erramos mesmo tentando acertar e que mesmo falhando ainda somos bons ou tentamos ser. Dan, você é o poeta dos sentimentos, seu poema é um retrato do quanto nós seres humanos somos frágeis.
Um abraço meu amigo!
Oi, Dan! Que lindo seu poema!! E pensando contigo, que bom que ainda somos bons! Que continuemos assim!
ResponderExcluirGostei muito da tua escrita!
Oi, Dan! Que lindo seu poema!! E pensando contigo, que bom que ainda somos bons! Que continuemos assim!
ResponderExcluirGostei muito da tua escrita!
Querido Dan,
ResponderExcluirTeu poema é um abraço na alma, sabia? Tão bonito, tão real… Mexeu comigo de um jeito bom, porque é sincero e cheio de amor, mesmo nas partes quebradas.
Continua a escrever assim, do teu jeitinho, porque o mundo precisa dessas palavras doces e verdadeiras. Te gosto tanto, viu?
Abreijos :3
Que texto tão visceral e verdadeiro. Fala direto ao coração, sem pedir licença, como só as palavras que vêm da alma conseguem fazer. É bonito e brutal reconhecer-nos nessa dança desalinhada, nesse excesso de sentir que às vezes transborda. Mas há consolo no fato de, mesmo partidos, ainda batermos. Ainda amarmos. Ainda tentarmos.
ResponderExcluirCom carinho,
Daniela Silva
Visita o blog aqui — e deixa-te envolver pelas palavras! ✨
Olá, Daniel
ResponderExcluirO seu poema traz a marca das nossas falhas
e sucessos. Diz bem, por vezes exageradamente
humanos e outras, como diz a amiga Rosélia,
extremamente desumanos.
E cá vamos andando com uma réstia de esperança
no coração.
Um abraço
Olinda
E assim a vida!
ResponderExcluirBelíssimo!
E como somos bons, mesmo errando. E o seu poema é clarividente e lírico na sua crueza. E você é dos bons com a palavra. Revelada depois de domada.
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