Atravessei uma tempestade de pétalas,
para mergulhar nas correntezas
que faziam o mapa do espectro de minhas emoções.
Não percebi, estava eu, dentro de mim.
Desejei que o seu desejo, dominasse o meu corpo:
porque ambos se completam, embriagam,
e faz transbordar de mim, todo o vazio existencial.
Ganho vida, toda vez que me olha
com seus olhos coloridos de sonhos
e de sermos, o que somos. Senti o silêncio
ninar, e meus dedos percorriam
o contorno do seu rosto, desenhei a nossa história
no relevo do seu corpo.
plantas nascem dos seus arrepios e sorrisos
piscam da nossa sintonia
nossas almas se tornam uma mistura homogênea
formando uma única essência: o amor!
Nenhum amor é igual, são singulares
e o nosso é um código binário, histórico,
cármico, inigualável. Demorei, mas entendi.
A intimidade do nosso tempo,
trouxe a necessidade que se afirma,
de sermos cada vez mais
um pronome possessivo
na vida do outro.
Daniel André.