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30 de outubro de 2016

A Navalha do Tempo


De qualquer forma,
é preciso que o passado esteja sepultado —
não por esquecimento,
mas para que o presente
não sangre o futuro.

Certos laços não merecem nós.
Alguns vínculos são espinhos disfarçados.
E há uma frase gotejando num muro antigo:
"Insista, e o castigo virá."

É a teimosia da alma,
a gangorra torta entre razão e emoção,
a roda cármica girando,
enquanto o coração, cego,
segue o eixo do que arde.

Uma navalha corta o tempo —
rasga fotografias, dilui caligrafias.
Minhas mãos cobrem meu rosto,
não por vergonha,
mas como quem ergue escudos
contra o redemoinho tóxico
de uma culpa herdada e mal lavada.

Ainda assim…
as águas nascentes me atravessam.
Brotam tímidas, mas vivas.
E por dentro,
sinto um rio de esperança
redesenhando sua rota
na topografia da minha dor.

Daniel André

4 comentários:

  1. Oi Dan
    E neste redemoinho de pensamentos a inspiração falou mais alto e floresceu esta lindíssima poesia
    Encantada com a sua visita, Obrigada e não se demore a voltar
    Vai ser um prazer ter a sua presença por lá
    Um terno abraço

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  2. Olá Daniel! Feliz estamos por "rever" e reler as suas escritas, as suas postagens aqui escancaradas para a completude da alma do mundo! Grande abraço!

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  3. Oi, Dan, quanto tempo sem noticias suas, eu precisava saber como vai você, por favor mande sinal, pode ser de fumaça, rsrsrs, não fique assim tanto tempo sumido, bjus

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  4. Volte! Vamos publicar em nossos blogs!

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Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.