Na sala,
abraços famélicos no sofá —
palavras mordidas entre urros,
libido à flor da pele,
acendendo o ar.
No quarto,
lágrimas da chuva na janela
imitam as nossas —
interjeições na cama
são flagradas pela lua,
em silêncio cúmplice.
No box,
o clamor do desejo ressoa,
arranhões riscam a neblina do espelho,
a água em nossas peles
é batismo e vertigem,
e o sol, tímido,
desperta entre colinas incendiadas.
Na cozinha,
carinhos se estendem
entre goles e suspiros —
um café quente para animar,
incenso afrodisíaco no ar,
e o dia se recusa a acabar.
Daniel
André
Legal. Bom saber que está bem.
ResponderExcluirAbç!
Que poema mais lindo caro amigo! Majestoso...
ResponderExcluirUm sonho, posso dizer...
Este é pra enlouquecer e acender o fogo da paixão.
ResponderExcluirComo é bom viver um sentimento assim, em toda sua totalidade.
Beijo
um poema encantador! Parabéns poeta!
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