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Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso. Insta: @danielrprj

2 de março de 2013

Preliminares


Na sala,
abraços famélicos no sofá —
palavras mordidas entre urros,
libido à flor da pele,
acendendo o ar.

No quarto,
lágrimas da chuva na janela
imitam as nossas —
interjeições na cama
são flagradas pela lua,
em silêncio cúmplice.

No box,
o clamor do desejo ressoa,
arranhões riscam a neblina do espelho,
a água em nossas peles
é batismo e vertigem,
e o sol, tímido,
desperta entre colinas incendiadas.

Na cozinha,
carinhos se estendem
entre goles e suspiros —
um café quente para animar,
incenso afrodisíaco no ar,
e o dia se recusa a acabar.

Daniel André 

4 comentários:

  1. Que poema mais lindo caro amigo! Majestoso...
    Um sonho, posso dizer...

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  2. Este é pra enlouquecer e acender o fogo da paixão.
    Como é bom viver um sentimento assim, em toda sua totalidade.
    Beijo

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Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.