Tenho dor de cabeça
e um resto de ti nos olhos.
Enquanto falas demais,
eu só queria um gole d’água
e silêncio.
O amor virou comprimido
tomo dois por dia
pra não gritar.
Quem é manso
não sabe pedir socorro.
Teu carinho me arranha a língua,
tem gosto de ontem e dúvida.
Posse?
Não sei.
Carrego pedras no bolso,
mas continuo andando.
Ainda há uma luz,
longínqua, trêmula
mas há.
O coração, mesmo torto,
insiste:
bate, sangra, acredita.
Daniel André 14Março2013

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