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Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso. Insta: @danielrprj

4 de abril de 2015

O palhaço


Sem fôlego para acender luzes,
Limito-me a aprender e escutar;
O circo ao meu redor
empurra-me para o labirinto das distrações.

O silêncio agora mestre 
instala raízes no peito;
o semblante, mármore frio,
guarda o palhaço cansado de si.

O dia não ousou sorrir,
e a noite, preguiçosa, demora a partir.
A alegria, ave arisca,
pousa breve e logo se desfaz no vento.

Sopro as nuvens pesadas
que arrastam tempestades e melancolia;
e, quando o riso germina na face,
o sol derrama ouro sobre minha pele.

De volta à arena,
lanço flores como quem semeia auroras;
o picadeiro ergue o palhaço,
e as gargalhadas estouram
como fogos no céu da memória.

— Daniel André

7 comentários:

  1. Oi filhote,
    Corre nas tuas veias a essência poética. Vá em frente.
    Seu Top Comentarista não está funcionando, dê uma olhada
    Feliz Páscoa

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  2. Oi Dan... eu ando mesmo assim, como teus versos descrevem... tem dias que a tristeza chega e não quer ir embora, mas sou teimosa e corro atrás da alegria, que anda brincando comigo de esconde-esconde... Um bj meu querido.

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  3. Que poema lindo!! Adorei

    Que esta Páscoa seja de renovação e Paz!
    Feliz Páscoa
    Beijos doces.

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  4. Tem dias que parecem ser tudo cinza
    E a gente fica ranzinza...
    Mas segue sua sina e não desanima..
    E faz tua rima!!

    beijão

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  5. Muito bom, parabéns pela excelente reflexão poética! Abraço!

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  6. Eae Daniel! Desculpa por ter sumido.

    Como sempre mandando ver nas poesias.

    Parabéns brother, abraço!

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  7. Bom dia Daniel !O que não devemos mesmo , e' deixar que o mundo nos roube os sorrisos ... Belo poema viu ! Abraços

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Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.