Plantei uma semente
num chão cansado, esquecido —
onde a ganância arrancou as raízes
e o silêncio engoliu o grito.
Rezei com as mãos na terra,
como quem confia mais na seiva
do que nas promessas dos homens.
A esperança brotou devagar,
com o tempo e contra ele.
Primeiro, vieram as folhas,
verdes como sonho antigo.
Depois, a flor:
símbolo de um futuro possível,
mesmo num campo minado de ódio.
Choveu justiça
e o sol trouxe coragem.
A árvore ergueu-se serena —
não como monumento,
mas como resposta.
Agora, seus galhos acolhem
quem já foi excluído,
seus frutos alimentam
quem a fome calou,
e suas raízes conversam
com os que lutam por um chão mais justo.
Não foi milagre.
Foi fé em ação.
Foi política da natureza
e espiritualidade que resiste.
Porque a paz que sonhamos
não cai do céu.
Ela é plantada.
E regada.
Com suor.
Com consciência.
E com amor teimoso.
e assim segue a humanidade.jogamos boas sementes e passam e cortam qdo brotam; mas dá tempo antes da destruição, colher aquelas que foi cuidada por Deus.
ResponderExcluirIsso ae amiga. Vc conseguiu captar exatamente oque eu consegui dizer. Devemos jogar boas sementes nos corações de pedra, afim de nascer coisas boas, positivas e produtivas. Grande abraço do seu fã gago !
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