Celebro a chegada das pessoas
como quem recebe o verão —
com festa, cor e esperança.
Mas a partida…
ah, essa vem densa,
como um funeral que ninguém ensaiou.
Somos feitos de encontros,
mas também de ausências.
E cada rosto que cruza nosso caminho
carrega um espelho —
reflete luz ou sombra,
acolhe ou julga.
Há quem prefira rotular
o que não entende,
como se a diversidade
fosse ameaça
em vez de riqueza.
Aprendi, com o tempo,
que não se recicla tudo.
Na tesoura do desapego,
há cortes que doem,
mas libertam.
Nem todo vínculo é ponte —
alguns são correntes.
E romper, às vezes,
é o único caminho
pra alcançar o próprio silêncio
em paz.
Daniel André
É dificil separar as pessoas. Nunca sabemos se são boas ou não, até o momento que somos pegos de surpresa. Eu sou meio estranho, dificilmente alguém me engana. Basta apenas um olhar e já me diz tudo. Mas isso não é infalível. E pras coisas infalíveis ou impossíveis, sempre posso contar com a justiça divina.
ResponderExcluirParabéns filho
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