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4 de dezembro de 2018

Trem das Cores


O idílico trem das cores
trilhava sua melodia em minha pele,
enquanto eu,
embrulhado em quatro cobertores,
namorava o frio
e o perfume úmido da terra recém-chovida.

Minha mente,
carregada por tempestades de sentir,
deslizava entre lembranças e silêncios,
como se o tempo fosse líquido
e eu, gota a flutuar.

Às vezes sou chuva —
trago no peito a essência da lágrima.
Às vezes sou a luz entre nuvens espessas,
ou a labareda tímida
de uma vela que insiste em brilhar.

Mas sou feliz.
Respiro as músicas que me compõem,
e mesmo em dias nublados,
sou tocado com ternura
pelo silente pouso de uma borboleta.


Daniel André.

Um comentário:

  1. "Às vezes pareço a gota da chuva
    e toda a essência chorosa dela
    às vezes sou a luz entre as nuvens
    ou a labareda de uma vela." As vezes voce não se cabe , meu caro amigo Dan-dan. Poeta , esse texto é belo! Grande abraço.

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Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.