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Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso. Insta: @danielrprj

7 de maio de 2016

A caverna

A entrada da caverna deslumbra.
Encanta a retina,
abranda a alma.
Hortênsias gentis, violetas abertas,
sensitivas em festa.

Lá dentro, o mistério não assusta.
Paredes contam histórias em sangue,
figuras rupestres gritam silêncio.
Estalactites choram
em gotas tímidas,
intumescidas de tempo.

Ali, vidas estranhas florescem
sem jamais ter visto o sol.
Habitam uma tristeza densa,
moram em cavernas da solidão.

Cego da visão —
descubro o mundo com os dedos.
O eco me guia.
O som é bússola.
A ausência de luz me revela.

Mais adiante,
há um fim que brilha.
Pedras preciosas disfarçam abismos.
E eu sorrio —
com um sorriso que sabe:
nem toda luz é salvação.


Daniel André

5 comentários:

  1. Bom dia Dani

    Fantástico poema, o teu. Adorei.

    Domingo Feliz.

    Beijo

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Retorno triunfante! Parabéns! Palavras que significam estados da mente, do coração! Abraço.

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  3. Oi Dandan!rsrs Estou meio sumido dos Blog não e´mesmo? Esse Ano já escrevi um livro de romance e realidade; "Cancões de setembro" Estou escrevendo outro de cronicas onde exploro nosso folclore. Então não esta sobrando muito tempo , mas quando posso posto, um texto la em curvas, retas e esquinas. Lindo poema esse seu!Sumiu e retornou com essas bela joia para nossos olhos e corações... Parabéns ! Maravilhoso ! Abraços

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Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.