Acordo.
A cama ainda tem você, ou o rastro de você.
No porta-retrato, o tempo parece calmo,
mas há algo que se move dentro da quietude.
A mensagem chega: te amo todos os dias.
Sorrio como quem esqueceu por um instante
que o amor também cansa,
e mesmo assim insiste.
O almoço, o gesto, a pressa
tudo tem um brilho pequeno, cotidiano.
De longe, você acena,
e o mundo parece entender.
À noite, macarronada,
um toque, um olhar que repousa.
Penso: o amor é isso
o eterno disfarçado de agora.
Daniel André - 15Março2013


