Sim, de pernas cruzadas,
como os caminhos que escolhi,
uma lágrima se aventura
enquanto um cálice sorvi.
À tona, gotas de sangue
de um coração por pouco ali.
Esse peito já foi juvenil,
passeando de colo em colo,
acendendo-se em paixões
como fósforo jogado ao solo.
De cada amor tirava lição,
mas nenhuma curava o estalo.
Foi romântico, foi presente,
dedicava-se sem medida —
mesmo após os vandalismos,
ainda acreditava na vida.
Colocava uma pedra no muro
e abria janelas à partida.
Esperava um novo amor,
como quem olha o cais vazio,
sonhando com uma caravela
trazendo um beijo macio.
Mas a maré vinha lenta,
e o tempo — sempre tardio.
Hoje caminha calejado,
entre os escombros da emoção,
confuso nos sentimentos,
mas firme na direção.
Agarra-se à poesia,
e ao livramento em oração.
Eis, então, sua história breve —
de um coração resistente,
que apanha, mas não se encerra:
segue indulgente, segue ardente.
Mesmo doente, bate forte.
E ainda espera, pacientemente.
— Daniel André
(um copo meio cheio de drama)
Perfeito!Amo vc...
ResponderExcluirai q fofo.. parece a historia da minha meu gago.. rs
ResponderExcluirQue linda Dan!Sou leito ra assídua de suas poesias,gosto muito.Um grande abraço...
ResponderExcluirEva
Obrigada Daniel,você é demais!!
ResponderExcluirO seu comentário,o seu carinho,enfim tudo que escreveu é muito lindo!
Volte sempre amigo,beijinhos.