Quem sou eu

Minha foto
Vou mostrando como sou, e vou sendo como posso. Insta: @danielrprj

26 de janeiro de 2012

Breve história de um coração doente

Sim, de pernas cruzadas,
como os caminhos que escolhi,
uma lágrima se aventura
enquanto um cálice sorvi.
À tona, gotas de sangue
de um coração por pouco ali.

Esse peito já foi juvenil,
passeando de colo em colo,
acendendo-se em paixões
como fósforo jogado ao solo.
De cada amor tirava lição,
mas nenhuma curava o estalo.

Foi romântico, foi presente,
dedicava-se sem medida —
mesmo após os vandalismos,
ainda acreditava na vida.
Colocava uma pedra no muro
e abria janelas à partida.

Esperava um novo amor,
como quem olha o cais vazio,
sonhando com uma caravela
trazendo um beijo macio.
Mas a maré vinha lenta,
e o tempo — sempre tardio.

Hoje caminha calejado,
entre os escombros da emoção,
confuso nos sentimentos,
mas firme na direção.
Agarra-se à poesia,
e ao livramento em oração.

Eis, então, sua história breve —
de um coração resistente,
que apanha, mas não se encerra:
segue indulgente, segue ardente.
Mesmo doente, bate forte.
E ainda espera, pacientemente.

Daniel André 

(um copo meio cheio de drama)

4 comentários:

  1. ai q fofo.. parece a historia da minha meu gago.. rs

    ResponderExcluir
  2. Que linda Dan!Sou leito ra assídua de suas poesias,gosto muito.Um grande abraço...
    Eva

    ResponderExcluir
  3. Obrigada Daniel,você é demais!!
    O seu comentário,o seu carinho,enfim tudo que escreveu é muito lindo!
    Volte sempre amigo,beijinhos.

    ResponderExcluir

Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.