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6 de junho de 2024

Persona non grata

 

Em tempos de dor e desespero,
um grito sem voz rasga o silêncio:
genocídios marcham sob a névoa do cinismo,
e a justiça, cega, tropeça em escombros.

A vida, frágil joia entre destroços,
ainda brilha no olhar dos que resistem.
A paz — sonho desacreditado —
cobiça de quem só conheceu ruína.

Terra exausta, uma nação sem rosto,
onde o Estado é miragem e o abrigo, trincheira.
Mísseis de ódio riscam o céu,
mas a esperança insiste em nascer entre ruínas.

Famílias se partem feito espelhos ao chão,
em um mar de lágrimas que nunca seca.
E quem ousa sentir, denunciar, amar —
vira "persona non grata", um incômodo vivo.

Mas há quem escolha não desviar o olhar,
abraçando a dor alheia como se fosse sua.
Pois enquanto houver um coração que sangra junto,
há resistência, há empatia, há futuro.

Daniel André

3 comentários:

  1. O Brasil merecia melhor que Lula ou Bolsonaro.
    Abraço, bfds

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  2. Que o Brasil recupere toda a qualidade que merece.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  3. Meu amigo Dan,
    O genocídio que acontece em Gaza já atingiu todos os níveis de barbárie e crueldade, temos um ditador que comanda Israel e um massacre em andamento contra os palestinos, é desumano. Ser persona non grata pelo líder genocida é quase um elogio, que a paz possa voltar naquela região tão devastada e cheia de tristeza! Belo e sentido poema meu amigo!
    Um abraço!

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Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.