Ainda é madrugada, e
dois robustos de ébano
caminham ao sabor do vento
pés que sambam no asfalto
o ritual das sombras
e da lua cheia ardente.
viajantes do tempo
suspenso,
onde o real se mistura ao sonho
e o sonho
de concreto
e fugidias lembranças.
seus olhos, mapa de uma África perdida
de histórias de uma diáspora infinita
- herdeiros de deuses e de rainhas.
e de madrugada, dois caras negros
se recusam ser a poesia escrita
- andando na rua -
a silenciosa revolução da ousadia.
(A fumaça sobe ...)
Daniel André
dois robustos de ébano
caminham ao sabor do vento
pés que sambam no asfalto
o ritual das sombras
e da lua cheia ardente.
suspenso,
onde o real se mistura ao sonho
e o sonho
de concreto
e fugidias lembranças.
de histórias de uma diáspora infinita
- herdeiros de deuses e de rainhas.
se recusam ser a poesia escrita
- andando na rua -
a silenciosa revolução da ousadia.
I have a dream.
ResponderExcluirAbraço, boa semana
Caro amigo Dan,
ResponderExcluirDuas figuras históricas que lutaram por direitos aos negros, pela paz e por um mundo melhor. Eles deixaram um legado de igualdade, de que todos podemos sonhar e que nós seres humanos independente da cor ou raça somos todos iguais!
Mais um belo poema, só posso aplaudir de pé!
Um abraço!
Olá, Daniel, belo e sensível poema que aborda o que há de mais sagrado, a igualdade! E por onde anda?
ResponderExcluirFui lendo teu poema, olhava para a foto e pensava... que mundo louco! Belíssimo, só verdades. Comove.
Uma boa semana,
Abraços!