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12 de agosto de 2023

Uma xicara de café.

 


Acordei antes dos galos,
alguns dormiam e até roncavam,  
e na varanda o gato abraçado
com o cachorro em uma linda
atmosfera de amor. A lua se despedia
com aquele olhar romântico.
 
O assopro dos deuses
agitava todas as árvores,
o céu ficava colorido
de insetos, folhas, flores
junto dos primeiros fios tímidos
dourados do sol.
 
O perfume convidativo do café
excitava a saliva,
dançava com os lírios da paz
enquanto folhas secas
flutuavam e enfei
tavam a cristalina água
da piscina.
 
Eu não sei o que é a vida
mas gosto dos momentos
escondidos no silêncio, em detalhes
que são poesia e ignorados
onde tudo se encaixa num quadro
pendurado na sala
e eu de pernas cruzadas
tomando uma xicara de café.
  
Daniel André.

10 comentários:

  1. Querido amigo Daniel, que delícia de momento em que desfrutando do aroma e sabor delicioso do café, tivestes essa linda inspiração e o poema a mim transportou à sensitividade, pois é, sensitividade de viver cada verso!
    Amei imensamente!
    Abraços apertados sempre!

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  2. Um poema fantástico. Amei :))
    .
    Quero voltar ...
    .
    Beijos. Bom fim de semana..

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  3. Boa tarde meu querido amigo Daniel. Espero um dia tomar um café e vê-lo declamando lindamente seus poemas. Abraço carioca.

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  4. Caro amigo Dan,
    As coisas simples me agradam demais, tomar uma xícara de café comendo um pedaço de bolo, ouvindo uma música relaxante, na beira da piscina, no parque, na fazenda ou numa casinha de sapê sempre vai ser maravilhoso. Seu poema é leve como a vida tem que ser, gostei demais!
    Um abraço!

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  5. Gosto desses momentos também.
    E do poema.
    Boa semana

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  6. Tomo café consigo e aprecio tudo o que nos descreveu de forma tão bela.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  7. O acordar iluminado, mais Buda que esta descrição impossível, por mais acordares assim.

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  8. Também partilho da sensação... o dia só começa realmente, após um bom café! Adorei saborear este belo poema!
    Estimo que os seus problemas de saúde já tenham sido completamente ultrapassados, Dan! Eu ainda ando às voltas, com um problema de saúde aqui da minha velhota... controlado... mas aguardando exames e consultas em Setembro e Outubro, certamente para se ajustar melhor medicação...
    Um grande abraço! Já virei daqui a pouco, continuar a espreitar o que mais recentemente andei por aqui perdendo, durante os meses em que andei mais ausente da Net...
    Ana

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  9. Daniel, e esses momentos escondidos no silêncio?! maravilhoso teus versos o trazerem até nós e ainda com uma boa xícara de café!
    Gostei muito do teu cantinho e também agradeço tua visita.
    um abraço, ana paula

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  10. Olá, Daniel.
    Não nos conhecemos, mas tenho por hábito um "bisbilhotar" nos comentários dos blogs amigos, e encontrei você. Segui a trilha, e aqui cheguei. Li alguns posts acima e abaixo, e me impressionei. Especialmente por este aqui.
    Mesmo em versos, desmontei seu texto e o recriei, e me deparei com um grande cronista. Uma crônica curta, mas que se aprofunda no sentimento, no querer ficar sossegado enquanto o galo canta. O gato abraçado com o cachorro? O meu Farofa (gato) fazia isso. Para nós, isso é normal, mas tal fato assusta a tantos, não é? E depois, ficar esperando os sopros de um Deus que fica brincando com os ventos, até você descobrir que a vida já é válida pelo simples soprar de uma brisa.
    Meu amigo, a vida é uma vereda que abre na esquina de um olhar. Mas, se não dobramos a esquina, a perdemos.
    Você é um grande cronista.
    Agora, dá licença, que vou mergulhar em seus posts. Grande abraço.

    Marcio

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Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.