Amadeirado o cheiro da ausência,
beijos perdidos num véu de calor.
Deslizam em lábios de pura essência,
guardando no sopro o eco do amor.
Montes de flores com tons desiguais,
um homem sozinho sem chão nem rotina.
Plantava afetos em campos surreais,
regando memórias com luz cristalina.
Baús infinitos de sonhos guardados,
com trancas partidas em tarde vazia.
Ecos vazavam de cantos fechados,
pintando loucuras no céu do dia.
Mais um rabisco no cosmos sem mal,
gritava um homem, num tom visceral:
"Se tudo é loucura num plano ideal,
então... o que é mesmo ser normal?"
Daniel André
Muito bom. Adorei o Poema. Parabéns!!
ResponderExcluir-
Ilusão da alma que guarda segredos de si
Beijos. Bom Domingo
Boa noite, Dan. A liberdade sendo liberada aos poucos para dar vazão ao pensando. Nada é normal, tudo transcende ao nosso conhecimento.
ResponderExcluirMuito bom.
Excelente semana de paz. Beijos na alma, querido.🙏🏼😘
Sim, o que é ser normal? Uma questão a que não sabemos responder. Gostei do poema e da reflexão implícita.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
O surreal habita as mentes e não traz anormalidade. O que sabemos? Ilusão e loucura transitam no pensar. Para quebrar cadeados é preciso muito empenho e um grande desejo de libertação. Abraço.
ResponderExcluirParabéns!
ResponderExcluirAcho que nascemos e morremos... sem ter encontrado a resposta! A normalidade... esgota-se em cada circunstância...
ResponderExcluirUma magnifica inspiração que nos faz reflectir!
Um grande abraço!
Ana
Gostei do que li e do quadro do Magritte!
ResponderExcluirMuito boa tarde!
No primeiro comentário que fiz em seu blog, disse que você, mesmo escrevendo em versos, é um grande cronista. Aqui, mudo o foro. Contista.
ResponderExcluirVocê tem um conto em mãos, garoto. O que é ser normal? Quebrar cadeados? Tentar descobrir qual beijo foi o melhor entre tantos que não foram beijados? Sair correndo da imaginação antes que ela nos aprisione?
Teu texto dá o que pensar. Dá um conto!
Grande abraço.
Marcio