Atropelado por um objeto direto veloz.
Fui parar no hospital de Gramática Geral.
Quase em estado pretérito mais-que-perfeito.
Na
triagem, recebi um número cardinal.
Não me sentia inteiro.
O
médico: Dr. Advérbio.
Chegou apressado, claro.
Retirou agulhas de exclamação.
Cada uma me perfurava com ênfase.
—
É um jovem moço! cochicharam as enfermeiras.
Concordância verbal intacta. Fé nominal firme.
Reuniram orações coordenadas.
Subordinadas a um superlativo absoluto.
E meu tempo verbal voltou a respirar.
Vesti
adjetivos sob medida.
Comi substantivos simples.
Nutritivos. Concretos.
Abri
os olhos.
Falei com fonética trêmula.
Os
pronomes do caso reto aplaudiram.
Analisaram minha voz passiva.
E viram que, finalmente...
eu não tinha sujeito nenhum.
Só uma vírgula, perdida.
- Daniel André
Um poema gramatical.
ResponderExcluirAbraço, bfds
Bom dia de serenidade, Daniel!
ResponderExcluirAplausos por " brincar * veresehando com nossa Língua e se sair tão bem. Os pronomes tem tida razão...
.tenha dias de inspiração abençoados!
Abraços fraternos de paz e bem
* versejando...
Excluir** toda razão...
Criatividade é tudo! Bela poesia e inspiração! abraço,chica
ResponderExcluirBoa tarde Dan. Lindo poema e uma excelente aula de português. Bom final de semana.
ResponderExcluirUau! Muito interessante esta forma de poetar!! :))
ResponderExcluir.
O silêncio é testemunha da realidade
Bom fim de semana.
Beijo
Dani, incrível isso!
ResponderExcluirTe amo cachorro.
Beijinhos
Que lindo amei ler aqui, bela inspiração, a gramática ficou fascinante!
ResponderExcluirAbraços apertados amigo Dan!
Brincando com a gramática de uma forma brilhante.
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Excelente!
ResponderExcluirUm passeio feliz sob o toque do teclado.
ResponderExcluirParabéns por este momento poético... bem original!!! Está o máximo!
ResponderExcluirUm grande abraço!
Ana