Caminham em círculos de rotina,
tropeçam em si, sem direção.
Respiram, mas não vivem —
optaram por morrer em prestação.
Alimentam-se de frases de efeito,
de ideias prontas, vitrines de razão.
Com corações endurecidos de medo,
e mentes trancadas na convenção.
São máquinas com rostos sem brilho,
rosto programado pra não sorrir.
Zumbis de gravata e ambição,
mastigam consumo, sem conseguir engolir.
Mais um dia: o sol é enterrado,
a lua acende o velório da pressa.
Enquanto os mortos — em outros planos —
observam vivos marchando em promessa.
Sem alma, sem fé, sem brio —
a fila cresce no cemitério sombrio
dos que, de corpo quente e alma fria,
fingem que vivem... mas só morrem dia após dia.
— Daniel André
Bom dia
ResponderExcluirGostei de ler..parabéns
Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Bom dia André,
ResponderExcluirÉ a ganância que está fazendo o homem morrer vivo
Saudades
Beijos
Lua Singular
Pois é!!!
ResponderExcluirUma dificil e dura realidade...
Muito bem colocado em versos...
Parabens!
bjs
Ritinha
A mais dura realidade...
ResponderExcluirParabéns Dan
Dan
Um impressionante e realista retrato do que como vazia a nossa vida pode ficar, se seguirmos certas visões de cariz pouco humano.
ResponderExcluirMuitos parabéns.
http://planopalavras.blogspot.pt/
Muito bom Daniel! É isso mesmo
ResponderExcluirO preconceito, e o egocentrismo, tem matado os seres humanos todos os dias.
ResponderExcluirE o que levamos desta vida?
Simplesmente nada...
tenha um ótimo dia =)
ResponderExcluirVerdade!
[me sinto uma estranha no ninho]
abç
"Mastigam capitalismo e não conseguem engolir."
ResponderExcluirMastigamos por hábito de mastigar, não engolimos porque estamos empaturrados de ter e vazios de ser...
Gostei muito, texto bom para estimular a reflexão.
Fico imaginando se a razão de tanta gente se sentir um estranho no ninho, não seja o fato de não sermos naturais desse ninho - capitalismo selvagem.
Parabéns, André!
Abraço!
Verdade essa poesia. Existem pessoas que se anularam das coísas boas da vida. Parabéns, Lívia.
ResponderExcluirUma poética forte! quando a sociedade se cala para as mazelas que nos acometem o cemitério só ganha outros moradores...
ResponderExcluirótimo dia!
Muito obrigada pela visita , de fato existe muitas pessoas assim,que perderam o gosto pela vida , e vivem por viver deixando passar o que há de melhor.
ResponderExcluirhttp://blogdonadecasatambemsearruma.blogspot.com.br/
http://deusguianossospassos.blogspot.com.br/
http://literalmentelivrosefilmes.blogspot.com.br/
Muitíssimo obrigada pela sua visita. Seja bem-vindo no Bordando Palavras. Belíssimo poema crítico. As pessoas estão carecendo de afeto um pelos outros. O egoísmo e o preconceito estão em todas as esquinas. Vivemos na era do TER. Triste realidade, não? Beijos.
ResponderExcluirBoa tarde Daniel.. tema que muito me agrada e tb já falei do mesmo de como as coisas estão ultimamente.. as pessoas estão parecendo mortas vivas vivendo sem noção sem saber o que falaram a 5 minutos atrás tá bem complicada a coisa rsrs lindo dia
ResponderExcluirvocê percebeu , perfeitamente
ResponderExcluiro que vejo hoje e não tinha
palavras para expressar,
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Morremos e nem percebemos naquilo que chamamos de vida
ResponderExcluirOlá! Boa noite
ResponderExcluirAndré
Como vai?
Belo texto
...a zumbificação humana atinge até mesmo setores que nem deveriam fazer parte ,mas, não vou mudar o foco para o mundo dos efeitos e sim das causas. A sociedade capitalista colocou o ter acima do ser, tirando, por vezes, a dignidade humana, a honra, o respeito e o amor, tornando muitos, uns verdadeiros zumbis. Lembrando que a ganância gera miséria, e a miséria poderia ser combatida, se não fosse por essa tamanha ganância... a humanidade correrá o risco de se extinguir, talvez , sem precisar de fatores externos , é só e se o próprio homem, não perceber que emergem apelos de compaixão, de amorização e de identificação com os outros e com o grande Outro...
Agradecendo a visita e as palavras em meu blog! obrigado!
Bela semana
Abraços
Parabéns! Adorei!
ResponderExcluirAbraços!
Olá André! Fiquei muito feliz com a tua visita, o teu amável comentário e, principalmente, por teres te tornado seguidor do nosso humilde espaço. Isso somente aumenta a minha responsabilidade de melhorar tudo aquilo que crio e escrevo. Espero que voltes mais vezes, pois será sempre um prazer renovado. Eu, particularmente, aqui voltarei, pois, além de teres um espaço interessante e muito aconchegante, tomei a liberdade de me tornar teu seguidor, isso até quando permitires, é claro.
ResponderExcluirQuanto ao post, belo e profundo poema. A fila realmente é muito grande, porém, necessário se faz, fazer por merecer chegar até lá.
Abraços e uma ótima noite pra ti e para os teus.
Furtado.
Sem duvida que o seu poema é um relato mais que fiel. daquilo que eu considero a pior de todas as formas formas de morte que quando a pessoa está sentenciada a uma pena de vida!
ResponderExcluirola boa tarde obrigada pela linda mensagem que deixastes no meu blog...
ResponderExcluirlindo mas nostálgico o teu poema
mas com todo o realismo ...
tem um excelente fim de semana um abraço
Parabéns, você realmente escreve divinamente.
ResponderExcluirSeria uma honra se você pudesse dar uma olhada no meu recente e singelo blog:
http://leigopoeta.blogspot.com.br/
Abraço, Vitor
Haja zumbis neste plano em que vivemos. Enquanto não houver uma revolução de verdade o cemitério continuará com as portas abertas num eterno enterro. Abraços Daniel!
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