Olho o retrato dela
um sorriso largo, cansado de fingir alegria.
Reconheço nela o que já fui:
espera disfarçada de calma.
O amor antigo respira no pó,
sem força, mas ainda vivo.
Há dores que o tempo não apaga
apenas enquadra.
E dentro de mim,
um resto de cor insiste
em não morrer.
Daniel André - 28Abril2013





