Mais um leão tombou!
Entro em casa —
desfaço o nó da gravata,
a rotina escorre no suor.
Minha mente?
Já está na geladeira.
Cerveja aberta, cueca no sofá,
respiro o caos...
com gosto de vitória.
Príapo sorri.
E você surge —
desabrochando o desejo
que repousa nos pelos escuros
da minha barba.
Eu aviso:
estou nu.
Mas é a alma que despe primeiro.
Você, em silêncio,
se curva em devoção lasciva,
o corpo em alerta
às chamas que acendemos.
Brinco nos contornos da tua pele,
faço da tua anatomia
meu jardim insano —
parque de diversão do prazer.
Nada de dogmas,
nem véus sagrados.
Aqui, o amor se dignifica
na fúria da carne.
Somos o banquete,
o rito e a oferenda.
Eu, teu libertino secreto,
você —
minha prece escondida no peito.
— Daniel André
Não poderia terminar meu tour pelo seu blog com melhor poema. É visceral .O desejo na verdade é uma fome que temos do outro. Numa espécie de canibalismo.
ResponderExcluirFicarei sem conectar o G+ e meu blog por cerca de trinta dias. Não quero mas devo fazer isso.
Ter seus comentários continua sendo importante.
Já notei que as pessoas comentam, de modo geral, por ser amigas daquela/a que posta ou por educação: respondendo (muitas vezes )friamente ao comentário.
Bem somos diferentes. Sou curiosa e gosto de comentar o que sinto.
Até breve Meu Poeta, beijão estalaaaaaduu na sua testa!