A chuva caía, lenta, quase em prece,
pingos pequenos sobre o campo frio.
Tantos já se foram, e o tempo tece
silêncios longos no jardim vazio.
Nessa viagem que é a vida, resta
o eco tênue do que foi presença.
Aqui só me resta, e nada mais resta
lembranças nuas, frágeis como a ausência.
Administro o oceano de saudades,
sem bússola, remando em densas tardes.
A chuva insiste, e o vento a desfaz.
E nessa dor que o tempo disfarçava,
a alma aprende, tarde, que amava.
E chove. E é paz.
Daniel André
Bom dia de Paz, amigo Daniel!
ResponderExcluirAprendemos tarde, mas ainda bem que aprendemos.
Podemos nos perdoar em vida.
É um dis de reflexão e de comemorar a vida enquanto ela existe.
Vamos administrando nosso oceano de saudade...
Tenha um novembro abençoado!
Abraços fraternos
Belas e incríveis palavras.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Um poema lindo, reflexivo e pleno de saudade!
ResponderExcluirBeijos!
Foi tão, mas tão bom te ler!
ResponderExcluirAusências longuíssimas vão sendo tão encobertas pelo tempo que uma leve chuva nesse silêncio é preciso que caia sobre o coração e floresça com frescor as doces recordações.
Obrigada!
Que triste sina, perder para, só então aprender!
ResponderExcluirPor que tem que ser assim?
Adorei o poema, André. Tuas palavras são certeiras.
Bjs, Marli
Lindo poema. te mando un beso.
ResponderExcluirTão difícil administrar a saudade, Dan e soube bem disfarçar numa tarde
ResponderExcluirde chuva lenta o coração em paz e um vento a desfazer qualquer dor.
Simplesmente belo ! agradeço e
Te deixo um forte abraço.
Arredia por estas bandas, em demasia em Portugal.
ResponderExcluirBoa semana
Olá querido André!!
ResponderExcluirEstranhamente, aqui na minha cidade, em todo o dia de Finados chove...E a chuva cai exatamente como na sua descrição poética: lenta, serena, pingos pequenos em um campo frio...
E a saudade é cortante, sem dúvida nenhuma...
Maravilhosa poesia, você é muito talentoso!!
Encantador início de mês de novembro amigo!! :))))
Que a chuva se faça paz. E que se aprenda, ainda que tardiamente.
ResponderExcluirBelo poema!
Beijinhos e boa semana!
A morte ainda é um dos maiores mistérios da vida. É inevitável nos questionarmos por que precisamos nos despedir de alguém que amamos, ou mesmo temer nosso próprio fim.
ResponderExcluirSua poesia me fez lembrar de muitos queridos, da saudade que fica, das memórias delicadamente deixadas em meu coração. Tomara que a gente continue tendo motivos suficiente para não abrir mão de se sentir feliz, embora as vezes as lagrimas salguem demoradamente os nossos lábios.
Feliz noite querido amigo, ☺☺
Lindo e profundo poema...gostei muito, abçs
ResponderExcluirCaro amigo Dan,
ResponderExcluirA perda de quem a gente ama é sempre um duro golpe e as saudades que permanecem ficam ali em nosso coração e sempre que lembramos da pessoa amada nos emocionamos em oração. Seu poema é belo, tocante e sensível, a finitude é sempre um tema muito sentimental. Parabéns meu amigo!
Um abraço!