No berço do tempo o fim se faz
começo,
a infância dá à velhice a sua mão.
O riso do menino é tênue ingresso,
o velho ri sem ter mais explicação.
Ambos pedem colo, iguais no
tropeço,
nas névoas do escuro buscam proteção.
Envelhecer é desenhar no ar o traço
que a infância rabiscou no coração.
O sopro do Alzheimer apaga o
nome,
como vela apagada em aniversário,
e no velório igual, a luz consome.
Mas resta uma centelha em breve
relicário:
nascer e morrer se tocam — doce fome,
círculo eterno, destino necessário.
Por Daniel André
Boa tardinha de domingo, amigo Daniel!
ResponderExcluir"Ambos pedem colo, iguais no tropeço,
no medo do escuro buscam proteção."
Que versos sensíveis!
Um poema que retrata a verdade do viver. Nascemos dependentes e caminhamos para o início do nosso viver.
Tenha uma nova semana abençoada1
Abraços fraternos
André, você construiu um poema onde os polos infância-velhice se tocam e se misturam de forma emocionante e bela, num círculo de vida-morte que faz parte da existência de tudo que existe.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirA intensidade da tua escrita envolve como um véu de mistério, cada palavra conduz a uma atmosfera única e profunda.
Com carinho,
Daniela Silva ♡
alma-leveblog.blogspot.com — espero pela tua visita no meu blog!
Sensibilizou-me este seu poema.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
A infância e a velhice: duas fases da vida, tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão parecidas, soberbamente descritas no teu magnífico texto.
ResponderExcluirBeijinho e óptima semana, Dan.😘
This is hauntingly beautiful. 🌹 The imagery of memory fading like a candle, yet leaving behind a sacred spark, really captures both the sorrow and the fragile grace of existence. It feels like a gentle reminder that even in loss, there’s a tender continuity of life and love.
ResponderExcluirnanajee.com
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Impressionante tua inspiração e a poesia tocou em dois polos da vida. ADOREI! Parabéns! abraços praianos, chica
ResponderExcluirOlá Daniel!
ResponderExcluirDescreveu a verdade!
É o que precisamos todos ter para alcançarmos o sucesso.
Sucesso de nos emocionar.
Beijos
Lua Singular
DANIEL ANDRÉ,
ResponderExcluirE no meu blog "Humor em textos e outros textos sem nenhum humor" levo para Brasília a lenda do boto cor-de-rosa, das regiões ribeirinhas da Amazônia e tento explicar as verdades de uma lenda com a canalhice mentirosa dos políticos que por lá povoam!
Um abração carioca.
Daniel como fiquei feliz com sua visita!
ResponderExcluirVocê é demais!!
Abraços
Lua Singular
Olá André!
ResponderExcluirEspero não perdê-lo mais!
Abraço
Lua Singular
Olá Dan!!
ResponderExcluirAdorei sua visita.
Além de ser muito bom no que escreve também encanta!!
Fiquei feliz com sua visita!
Um abraço
Lua Singular
É a vida meu caro amigo. Seu poema retrata a mais pura realidade. Abraço
ResponderExcluirOlá vim lá da Chica, conhecer o seu espaço,
ResponderExcluire ela está aqui, k.
A realidade do poema partilhada de uma forma bela.
Continuação de uma boa semana.
Belas palavras.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Caro amigo Dan,
ResponderExcluirDizem que quando envelhecemos nos tornamos novamente crianças e isso de certa forma é verdade. Na juventude tantos planos e no final da vida só queremos descansar os nossos corpos cansados de tantos anos de batalha. Seu poema é sensível, verdadeiro e uma viagem entre a nossa infância e a velhice.
Um abraço amigo!
Olá Dan
ResponderExcluirChego a conclusão que a vida é uma eterna despedida...
nos despedimos da barriga da mãe, depois da infância, adolescência, juventude e por ai vai... Despedimo-nos de ciclos, de estações, de pessoas e um dia ate mesmo da velhice.
E aqui me despeço deixando flores da primavera que iniciou um pouco tímida, mas intensa.
Beijos meu querido. ☺
Olá, Dan!
ResponderExcluirMuito bonito e significativo o seu poema.
Realmente, a velhice e a infância são os dois extremos da vida: o início e o fim. Gostei particularmente dos dois versos onde você diz que "envelhecer é desenhar no ar o traço que a infância rabiscou no coração". Um trabalho belíssimo com as palavras.
Bjsss, Marli