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9 de dezembro de 2015

Cenas de Uma Cidade em Silêncio


Um homem fuma o tempo no cigarro,
o outro sorve a noite em sua bebida.
Ambos, sozinhos, perdidos no escarro
de um mundo que não explica a vida.

Uma mulher flutua pela rua,
entre cortinas frias da madrugada.
Pensa. Chora. Sente-se nua,
por jamais ter sido amada.

Um jovem, esquecido pelo mundo,
anda ferido em seu devaneio.
Ninguém o vê — e num silêncio profundo,
caminha em sonho, medo e receio.

Doses pequenas de compaixão e humildade
seriam cura — leve, mas certeira —
pra essa solidão disfarçada de cidade
que nos veste a alma inteira.


Daniel André.

8 comentários:

  1. Bom dia.. Um belo poema, Parabéns.
    Adorei a musica!

    Beijo e uma excelente semana!

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  2. Vivemos tempos bem assim, cada qual cercado de pessoas e vivendo sua solidão individualmente.

    Um lindo dia pra vc =)

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  3. Pois meu lindo, as pessoas vivem no seu próprio mundinho achando que seus problemas são maiores que o dos outros. Versos reflexivos. Bjus doces

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  4. Oi Daniel,
    E um bom pedaço de carinho ajuda
    Beijos
    minicontista2

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  5. Qualquer um de nós poderá um dia sentir-se numa situação de desamor, qualquer um de nós poderá sentir-se excluído por qualquer motivo. Todos nós teremos dias de solidão e desalento, e todos nessa hora nos perguntaremos o "porquê" de um mundo frio e indiferente.
    É como rematas; " a humildade e a compaixão são antídotos poderosos" para que não se caia no abismo do desespero.
    Muito belo, Daniel, e a música dos ABBA, também. E a foto ilustra muito bem o teu poema. Parabéns!
    Bom fim de semana.
    xx

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  6. Formidável! Lindo, lindo e memorável!
    Grande abraço!

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Agradeço a sua visita e comentário. Abraços, Dan.