A serra acorda em véus de calmaria,
a névoa borda o rosto das colinas.
Os pinheiros oram melancolia
de um verde antigo em preces tão divinas.
O rio murmura histórias sem vaidade,
carrega o tempo em suas margens mansas.
E o vento, sábio, ensina à saudade
a dançar leve nas folhas das lembranças.
Em Friburgo, o silêncio tem perfume,
o sol se atrasa só pra ver a serra,
e o chão respira um verso que se assume.
Entre o azul da distância e a terra,
descubro o amor nas coisas sem nome
no musgo, na pedra, no ar que me espera.
Daniel André - 23Fev12
Sempre cheios de sentimento. Parabéns, Dan!
ResponderExcluirSou sua fã!