No fim do ano, as camisas se tornam páginas,
com traços breves, promessas que o tempo leva.
As assinaturas falam de eternidade,
mas somem depressa, como tudo.
No peito, porém, fica outra marca:
essa não apaga.
É a lembrança calma do último ano,
quando crescemos
entre despedidas simples
e o silêncio discreto
de seguir adiante.
Daniel André