Florescem em todas as árvores
gotas de orvalho-esmeralda —
é a poesia da natureza
desenhada no quintal de calma.
Um paraíso de plantas risonhas,
flores que riem, outras tristonhas,
num coro verde que se espalha
como mandala viva que não falha.
Pássaros borram suas tintas
na tela azul que o céu estende,
e em cada voo, um sonho canta,
na melodia que a vida aprende.
No quintal banhado de luz,
a terra é ventre que abraça a paz,
e um rio secreto lava a alma
do que passou, e não volta mais.
— Daniel André